Um casarão de 1917 sobrevive em Ipanema!

UMA COISA que me incomoda, e muito, é como os arquitetos descaracterizaram, sem a menor cerimônia, um bairro charmoso como Ipanema, sobretudo as fachadas das construções dos anos 30, 40 e 50, que o identificavam. É difícil ver uma casa comercial instalada numa dessas antigas residências que respeite a arquitetura e a história do bairro. Daí a fama, cada vez maior, dos arquitetos brasileiros, de pretensiosos, achando sempre que podem fazer melhor do que já está, em vez de se empenharem em também conservar e prestigiar o que já é bonito…
QUEREM UM exemplo? O projeto maravilhoso de arquitetura de interior de Claudio Bernardes para o também saudoso restaurante Gourmet, ali na Praça Nossa Senhora da Paz. Foi, aliás, um dos últimos trabalhos de Claudio, o mais talentoso arquiteto de sua geração, mas que o profissional contratado por um novo proprietário da casa desmanchou sem a menor cerimônia, sem realizar ali nada que justificasse tamanho prejuízo para a memória de nossa arquitetura…
POR ISSO, é com simpatia que escuto que a arquiteta Marilia Godinho procurou manter o estilo e a arquitetura da fachada do casarão de 1917, em Ipanema, na Rua Barão da Torre (e eu que nem sabia que havia uma casa tão antiga naquela rua), onde no dia 9 será inaugurado um bistrô-vinoteca, o Cavist, dos irmãos importadores de vinhos Janine Sad (com um A só mesmo) e Alain Costa, com um catálogo de dois mil rótulos importados de 16 países, entre França, Itália, Chile, Argentina, Austrália, Líbano e Hungria
Cavist Lounge 2º andar Um casarão de 1917 sobrevive em Ipanema!
Lounge no segundo andar do futuro bistrô-vinoteca em Ipanema

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