Uma Diva, de Nova Jerusalém à TV, aos figurinos à moda…

Pernambuco chora a morte, hoje, em Caruaru, de sua atriz Diva Pacheco, aos 72 anos. Entre os muitos personagens, ela viveu durante 10 anos o papel de Maria, na montagem bíblica de A paixão de Cristo, em Nova Jerusalém, desde 1962, quando a cidade-espetáculo foi criada por seu marido gaúcho, Plínio Pacheco…

Mais do que atriz de teatro, Diva foi diretora de arte (na TV Globo, de Roque Santeiro e Morte e vida Severina) e figurinista de muitos filmes, de montagens teatrais e da própria encenação de A paixão de Cristo, chegando a se responsabilizar pela criação e a produção, costurando o guarda-roupa do elenco inteiro!

E ela também fazia moda. Sobre seu trabalho nessa área, li hoje uma definição bonita demais do jornalista pernambucano Bruno Albertim: “Fora dos palcos, suas roupas mantém algo de teatral. Mais que vestimentas, molduras para mulheres pouco satisfeitas com o mais comum da vida. Com Diva Pacheco, a moda não é algo que cabe apenas na vitrine ou passarela. Vai da Sulanca ao estúdio. Do palco à vida”...

Sulanca é a personagem que ela fez em A lua me disse, novela de seu amigo Miguel Falabella, com autorização dele para dar pitacos, não só no figurino, como também na prosódia, para compor a “sulanqueira sanguinolenta de Santa Cruz do Capibaribe”…

Diva foi atriz do cult-movie A noite do espantalho (1974), de Sérgio Ricardo, e também assinou o figurino do filme…

diva pacheco1 Uma Diva, de Nova Jerusalém à TV, aos figurinos à moda...
Diva Pacheco, nos tempos das fotos em preto e branco

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