Papo curto, pois hoje estou rouca – o Baile do Copa me exauriu!

Queridos, nossa conversa vai ser curta, me perdoem, mas praticamente perdi a voz de tanto cantar no Baile do Copa. Mas, depois de alguns gargarejos com água e sal, posso contar a vocês que minhas previsões se confirmaram: foi o mais lindo dos bailes do Copacabana Palace. Vocês dirão, “ah, Hilde, todo ano você diz essa mesma frase”. Mas o que hei de fazer se, a cada carnaval, o Zéka Marquez se supera? Desde o primeiro baile assinado por ele, a cada ano a festa se supera. E já lá se vão pelo menos uns seis anos que o diretor Phillip Carruthers cochicha ao meu ouvido, em seu supercamarote, que “a festa, além de estar lotada, se pagou e lucrou”…

A caminhada não foi fácil, posso afirmar pois a acompanho desde antes mesmo de o baile começar a acontecer. Quando o Sydney Pereira, há 20 anos, me telefonou, falando de sua ideia de o Copa voltar com o baile e me pedindo para conseguir uma audiência com Carruthers, fiquei entusiasmada e logo vesti o fardão de madrinha da proposta. Philip Carruthers, que, além de ser um executivo de primeira linha da hotelaria mundial, é um homem de visão, na mesma hora encampou a proposta, sabendo que teria pela frente um caminho difícil a percorrer. Pois todo o pioneirismo tem seu custo, e os bailes de carnaval de luxo estavam em desuso na cidade…

Intrometida como sou, quando abraço uma proposta e me apaixono por ela, sobretudo se envolve minha amada cidade do Rio de Janeiro, levei em seguida ao Carruthers uma outra sugestão (e nisso teve o dedo também da Ruth de Almeida Prado): que o gaúcho Zéka Marquez, então radicado em Nova York, fizesse a decoração da festa. Mas o hotel, naquele primeiro ano, já havia fechado contrato com outro decorador. No ano seguinte, Philip garantiu impressionado com o currículo do decorador, o lugar seria de Zéka. Dito e feito. E assim tem sido, em todos esses anos, sempre com sucesso crescente…

Com o respaldo firme e dedicado da relações públicas do hotel, Claudia Fialho, os primeiros bailes tiveram à frente o criador da ideia, Sydney Pereira, e sempre com décor, criação, inspiração e direção do Zéka. Passados os anos, quando a festa pegou de jeito e ninguém segurava mais, muita gente quis participar do sucesso. E nada tenho contra, pois novas contribuições, quand0 feitas com competência, só agregam. Afinal, é natural que todos queiram somar sua imagem a um time vitorioso como o Baile do Copa

Sydney não está mais no comando, mas permanece na torcida. Fialho saiu do hotel e Fialho voltou ao hotel, com o aplauso de todos. Nos últimos anos, o baile ganhou um reforço extraordinário, com a nova diretora do hotel, Andréa Natal, mulher além de linda sensível, enquanto Carruthers mantém-se firme, agora alçado a um degrau ainda mais alto na hierarquia do Copa e do grupo hoteleiro Orient Express. Anna Maria Tornaghi já teve seus anos de convidar vips para a festa, com seu infatigável entusiasmo. Patricia Brandão, há três anos se empenha em tê-los e a gente percebe como ela adora fazer isso! Gente maravilhosa querendo ir a esse baile idem, nunca falta. Enfim, no Baile do Copa há sempre espaço para todos brilharem, e quantos mais vierem se somar a esse esforço positivo melhor, vocês não acham?…

E eu, que disse a vocês que iria falar pouco, com a minha garganta arranhada de tanto cantar no baile, abri a matraca e não parei mais! Perdoem-me se a minha rouquidão doeu em seus ouvidos. É que o Copacabana Palace é uma daquelas minhas irremediáveis paixões, vocês sabem. Beijos…

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