Os 10 Mais Ricos do Brasil, também na lista dos 100 Mais do mundo da Forbes

O que há a considerar, a respeito da lista agora divulgada pela Forbes com os 10 homens mais ricos do Brasil, e que estão também na lista dos 100 mais ricos do mundo da Forbes, onde a presença brasileira aumentou, de 16 bilionários no ano passado, para 30 este ano?…

Dos 10 + do dinheiro do país, quatro são cariocas, quatro paulistas, e dois são mineiros, sendo que um deles nem tanto, pois se trata de Eike Batista (o mais rico de todos), que de mineiro só tem o fato de ter nascido em Governador Valadares, mas viveu e venceu no Rio de Janeiro, sendo um dos mais ativos “cariocas da gema” de que se tem notícia…

Os outros quatro cariocas são Jorge Paulo Lemann, Marcio Telles e Carlos Alberto Sicupira (a trinca do Banco Garantia, depois Ambev e hoje Imbev) e o Benjamin Steinbruch, da família Vicunha-CSN, que embora agora viva em São Paulo nasceu no Rio…

Paulistas, Antonio Ermírio de Moraes, Abílio Diniz, Alfredo Egydio de Souza Aranha e também vamos considerar como tal, José Safra, libanês naturalizado brasileiro e radicado em São Paulo…

O mineirinho é o banqueiro Aloysio Faria

A lista divulgada desconstrói aquela crença de que, no Brasil, as fortunas duram apenas até a segunda geração, que valeu ser cunhada a frase famosa “pai rico, filho nobre, neto pobre”. Senão, vejamos…

Alfredo Egydio de Souza Aranha, o banqueiro do Itaú, ocupa a posição que foi de seu tio-avô, já é terceira geração. Antonio Ermírio de Moraes é terceira geração da Votorantim. Abílio Diniz, segunda geração do grupo – o primeiro foi o Valentim. Banqueiro Aloysio Faria, segunda geração, o pai foi o Clemente Faria, dono do Banco da Lavoura, a quem Aloysio sucedeu expandindo o banco, criando o Banco Real. Antes do Benjamin Steinbruch, houve no negócio o seu pai, Mendel, ao lado do sócio Rabinovich..

Filho do banqueiro Jacob Safra, José Safra fundou o Banco Safra com os irmãos e hoje é o dono único…

E tiremos pois o chapéu para Sicupira, Telles, Lemann, que fundaram seu negócio, fortuna de primeiríssima geração. E também para o Eike, que do pai Eliezer Batista não herdou o negócio, mas o exemplo e as conexões…

Senti, porém, nessa lista, a ausência de sobrenomes historicamente cativos nela, de grandes milionários deste país. Não que não estejam mais ricos, muito pelo contrário, mas as gerações se multiplicam, as fortunas deixam de se concentrar com poucos e se dividem entre filhos, irmãos e primos, e a fila do dinheiro anda, meus amores…

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