O Samba da Volta do JB – O Jornal do Brasil voltou, e o de amanhã já vai pras bancas

Três dias depois de sua morte, Jesus Cristo, cumprindo a promessa, voltou. Após ressuscitar, subiu aos céus, anunciando que retornaria. E nós, com fé, aguardamos. Os Tribalistas voltaram no ano passado, 15 anos depois do primeiro e único álbum de Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Carlinhos Brown. A banda Led Zeppelin também ressurgiu das cinzas, após seu fim em 1980, e mais de 20 milhões de pessoas se inscreveram para concorrer aos ingressos de seu último show em 2007. O gato cantor Felipe Dylon voltou! Desde o hit A Musa do Verão, de 2007, à nova Vai Ver o Sol Nascer, com que pretende voltar a bombar na meca musical. Silvio Caldas, o cantor famoso das serenatas, que JK adorava escutar, anunciou várias vezes o fim da carreira, e não conseguia parar. O mesmo acontecia com a cantora Elizeth Cardoso, a divina. Anunciava o último show e, em seguida, vinha o show do próximo anúncio. Para alegria dos fãs, estavam permanentemente de volta.

Agora, o exemplo mais expressivo de volta bem-sucedida foi o de Frank Sinatra. Depois de fase péssima, com baixas vendas de discos e plateias pela metade, anunciou a aposentadoria aos 56 de idade, com um show em Los Angeles. Mas só conseguiu segurar o gogó por dois anos, voltando glorioso com um dos maiores sucessos de sua carreira, New York/New York, quando então The Voice, como era chamado, viveu fase extraordinária.

Pois é, meus amores, este é o plano: o Jornal do Brasil voltar como Sinatra, ao som da melódica cidade do Rio de Janeiro/Rio de Janeiro, soltando a voz por ela e para ela, a favor dela, e não contra ela, sendo noticioso, e não tendencioso, com um jornalismo independente, empenhado em que o Estado do Rio de Janeiro retome seu natural posto de tambor de ressonância do país, de lançador de tendências, irradiador de alegria, modismos, estilos, sua vocação desde sempre, pelo próprio temperamento contagiante, irreverente e descontraído de seus cidadãos.

Uma volta carinhosamente acolhida pelos leitores saudosos, que, precedendo nossa chegada, se manifestaram pelas redes sociais com entusiasmo, o que só nos estimulou e confirmou que estamos no caminho certo.

Na contramão de tudo e de todos. No momento em que a mídia impressa fecha as portas e para as máquinas em todo o mundo, o Jornal do Brasil ousadamente retorna ao jornalismo diário em tinta e papel, aquele que a gente toca, sente, apalpa, amassa, recorta e, se quiser, guarda. As notícias com afetividade. Reportagens como memória nossa. O jornal que é matéria, parte da vida da gente. Não se dissolve no ar após a leitura. Fica perto, pra ser compartilhado, mostrado. Volta agora como um velho amor, saudosamente lembrado, ardorosamente esperado.

A partir deste 25 de fevereiro de 2018, quando o assinante do novo Jornal do Brasil encontrar seu velho e bom amigo no capacho da porta vai lembrar dessa minha paródia da canção emblemática de Toquinho e Vinicius, o Samba da Volta (do JB): “Você voltou, meu amor / alegria que me deu / quando a porta abriu / você me olhou, você me viu / ah, você se derreteu / e me folheou, me leu, me investigou / conferiu o que era todo seu / É verdade, eu reconheço, fui eu que quis/ mas agora tanto faz / O perdão pediu seu preço / meu leitor / Eu te amo / e Deus é mais”.

Bênção Toquinho, bênção Vinicius, bênção àqueles que compartilham da silenciosa frustração e da ardorosa ansiedade por um veículo em que possam, sinceramente, confiar. Um órgão da imprensa que lhes permita a sensação de transparência, de sinceridade na apuração e na transmissão das notícias, de responsabilidade e comprometimento com os básicos princípios constitucionais e democráticos, a soberania nacional e o povo brasileiro. Um jornal que não coloque outros interesses corporativos acima do nobre objetivo de informar seu leitor de maneira correta, ética e sem manipulação. Como nos bons tempos.

É este Jornal do Brasil – o novo Jornal do Brasil – que inspirou, também a mim, a voltar.

Hildegard Angel

Foto de Zezinho Peres,

Omar Catito Peres, o empresário responsável pelo ato de atrevimento, fazendo o Jornal do Brasil voltar a ser impresso em papel nas oficinas, o mensageiro desse grande sonho de todos nós, jornalistas e leitores, virou esta madrugada bem desperto e foi buscar o primeiro exemplar do seu Jornal do  Brasil diretamente saindo da esteira, para ter o prazer de manuseá-lo antes de todo mundo. Tem todo o direito. Na capa do  Caderno B, quem vemos? Ziraldo, o grande mestre ilustrador do Brasil, nome consagrado, que supervisiona a produção de Arte do JB, “o mineiro do traço e do humor”, conforme reza o título. Ao mestre o que é do mestre.

Como é de hábito, o Jornal do Brasil de Domingo já se encontra nas bancas no sábado. E eu estou lá, na Página 3 do Caderno B, fazendo a retrospectiva e revelando bastidores de minha vida profissional. Pauleira!

 

43 ideias sobre “O Samba da Volta do JB – O Jornal do Brasil voltou, e o de amanhã já vai pras bancas

  1. Ontem fui correndo comprar o JB, em Brasília!
    Não veio… que tristeza!
    Hoje tb, nada!
    Segundo me informaram, só no próximo domingo. Será?

  2. Prezada Hildegard: saudações.

    Li sua coluna de domingo (de sábado, né, porque a de domingo continua em branco no site do Jornal do Brasil isso hoje, segunda-feira, dia 26). Li on-line, pelo blog do Luis Nassif, no sábado, e saí para comprar o JB, que, segundo sua coluna, já estava nas bancas, como todos os outros jornais. #soquenão, né. O JB só seria distribuído pela InfoGlobo no domingo, assim me informaram as bancas de jornal do Centro e do Largo do Machado. Que bom que é impresso agora, o JB. Se pode guardar a “barriga” e rir dela cada vez que se a relê.

    Mas não é esse o propósito do e-mail, não vou sair do foco.

    No seu excelente artigo, onde o tema “volta” é abordado com vários exemplos, um me deixou intrigado: o do Frank Sinatra.

    Onde você encontrou as informações que você publicou sobre o “Old Blue Eyes?”

    Não sou “expert” na vida do grande artista, mas tenho bastantes álbuns dele, a quem considero o mais perfeito cantor das baladas e do “swing” dos EUA.

    Ao que me consta – pelo que escrevem seus biógrafos – Frank Sinatra voltou com força total à fama aos 38 anos, em 1954, com seu primeiro álbum na Capitol Records, o primeiro também orquestrado e regido pelo Nelson Riddle. Daí em diante, seja na Capitol, seja na Reprise, gravadora que fundou em 1961, foi sucesso após sucesso, até sua morte.

    A de 1954 foi a única grande volta de Sinatra, depois do divórcio com a Ava Gardner, que o deixou quebrado emocionalmente e financeiramente, tendo seu contrato rescindido pelo medíocre Mitch Miller, Diretor Artístico da Columbia Records, com a imprensa declarando sua “morte artística”.

    Volta por cima dada em 1954, nunca mais houve outra queda. Cada lançamento foi “hit”, fenômeno capaz de emplacar “Strangers in the Night”, uma balada do Bert Kaempfert, no primeiro lugar do Billboard, em plena era Beatles.

    Por sinal, o New York New York que você cita é de um filme de mesmo nome do Martin Scorsese, de 1977, e quem primeiro fez muito sucesso com a canção foi a Liza Minelli, uma das atrizes da película, que a tornou sua “marca de apresentação”.

    Sinatra só viria a gravá-la em 1979, para o álbum “Past, Present and Future” – está incluída no disco #2: tenho em Vinil e CD, caso você queira que os leve para comprovação.

    Não é por nada, não, mas ver, em uma coluna de estréia na volta impressa do JB, jornal que segui por anos, erros grotescos de informação sobre meu cantor preferido, me deixam desanimado. É como se eu estivesse lendo (e li) fake-news.

    Cuidado com o que escreve. Cheque fontes, não confie na memória, as duas traem.

    Esperando ler fatos em suas colunas,

    Atenciosamente,
    José Cláudio Barbedo

  3. Hildegard, bom dia.
    Como faço para assinar o JB? Moro em Vitória/ES, e não consegui
    o telefone de assinaturas do jornal. Ah, parabéns pelo retorno. Você
    é muito competente, bem informada, precisa nas suas colocações e de atitude. Quem ganhou foi o leitor, com certeza.

  4. Boa sorte!!!! Só um pequeno erro: Sinatra não voltou com “Theme from New York, New York”. A cantou, pela primeira vez, em 1978… Abraços!

  5. Parabéns galera
    Estou em Brasília e vou correndo a rodoviária comprar meu exemplar
    Louco pra ler todos vocês e se possível ser também um colaborador , pois o Rio tem uma pauta em cada esquina
    Meu Bric/abraço a todos voces

  6. Oi Hilde! Oi JB!
    Bem vindos sejam!!!
    Comecei no JB em 1968. Tive a honra de virar a chamada no alto a direita ao nome do jornal na edicao historica do dia seguintecaovAI 5. A partir disto, como voce bem sabe a luta continuou e consegui escapar para o exilio em Londres – onde tambem fui correspondente da JB, caderno B
    Dia 8 de maio proximo vou lancar na Timbra do Shopping da Gavea minha realidade romanceada Exilio Na Primeira Classe – um documentario na Memoria ( este furo ja estou te dando agora em orimeira maob 🙂 )
    Tem uma epigrafe no inicik qxe aquela musica do Caetano que diz : ” eu nao estou indo me embora/ to so preparando a hira de voltar”. E isto. Voltamos
    Vou divulgar, claro, assinar e daqui a pouco espersr emocionada a chegada desta nova edicao historica do nosso JB
    Caso me de seu email terei enorme prazer em enviar pra voce a dedicatoria e o texto de apresentacao do meu novo livro e se possivel contar com a sua avaliacao
    Mais do que tudo coloco-me sem duvida a disposicao para ajudar naquilo que estiver ao meu alcance
    JB sempre e para sempre!
    Parabens a todos e a melhor das sortes. Obrigada por nao terem desistido, jamsis , e parabens a estecempresario visionario e do bem que e o Peres
    Quando lhe for possivel , aguardo seu retorno
    Como a gente dizia quando se reunia depois de cada massacre da ditadura, contabilizando os sobreviventes, Virginia Cavakcanto presente!!!
    Estejam onde estiverem sua mae e seu irmao estao sorrindo com orgulho e respondendo: “Presente!”

  7. Hilde querida! Como sempre, vc escreve maravilhosamente bem! Em cada palavra, visualizo o que voce vai descrevendo… lindo e emocionante!
    Estarei sempre aqui para o que vc precisar!
    E viva nosso Jornal do Brasil e nosso garnde amigo e empresário Omar Peres! Catito!
    Boa sorte a todos
    Emoçāo pura!
    #tamosjuntas
    #TMJ
    “Todo amor que houver nessa vida, e algum remédio ante- monotonia!”
    Caetano já dizia: amor, emoçāo e verdade!
    Bjossssssss
    Te adoroooo
    Patricia Secco

  8. Cá, estou HILDEGARD, maravilhada com tudo que escreve com a chegada amanhã do JORNAL DO BRASIL, citando, inicialmente, “JESUS CRISTO”!
    Naqueles idos…anos…70….estávamos….assim….aguardando….
    Havia, ainda, naquela geração “PÃO com COCADA” …naqueles burburinhos…nas areias das praias….cada qual…com seu radio pequenino a pilha….aguardando…
    Eis, q surge…a música…”JESUS CRISTO”! Alí….era o primeiro sinal de que estaría se aproximando….a SALVAÇÃO!
    Haveria, uma FORÇA entrando dentro de cada um, dava CORAGEM!
    Quantas..lembranças….todos em PÉ….os rádios nas alturas….e, …”JESUS CRISTO! JESUS CRISTO! JESUS CRISTO!
    ….olho no céu e vejo….uma núvem branca… q vai passando….
    ….olho na terra e vejo…uma multidão…q vai caminhando….
    ….como essa nuvem branca…essa gente não sabe aonde vai…
    …..quem poderá dizer o caminho certo É VC, meu PAI!
    JESUS CRISTO! JESUS CRISTO!” do REI, ROBERTO CARLOS
    2018, NÓS estamos resistindo…aqui!
    “…..e, apesar de tudo
    A ESPERANÇA não se desfez.!” NÃO SE DESFAZ!
    ….olhando…o JORNAL DO BRASIL que AMANHÃ NASCE!
    …..no chão daquele q tem AMOR!
    …..Olhamos no CÉU e sentiremos..
    CRESCER a FÉ no nosso SALVADOR!
    JESUS CRISTO! JESUS CRISTO!
    JESUS CRISTO, o JORNAL DO BRASIL ESTARÁ AQUI! ”
    maria edna

  9. Hilde, eu que sou jornalista, colunista social, aqui no Piauí, seu fã, vejo todos os vídeos seus no youtube Emocionada sempre), vejo tudo do Instituto Zuzu Angel, li suas colunas quando era Perla Sigaud, li os bastidores da Hilde na TV, li Hilde no JB… vi vc em programa na TV Cultura, vi na versão anterior do JB e agora aqui de novo, no novão JB. Se ele chegar aqui no Piauí, vamos ler. E se tiver oportunidade, vamos ver pela internet. FORÇA, HILDE, o tempo é HOJE!!! Beijos de carinho e paz!!!!

  10. Desde aqui de Floripa o meu grande beijo à Hildegard e um abraço a todos esses sonhadores e visionários, por que não, corajosos acima de tudo, pela feliz ideia de nos possibilitarem novamente o prazer de ter em mãos e folhear o grandíssimo JB. Os mais novos não sabem o que é isso, não fazem ideia do quanto é gostoso!
    Benvindos de volta, sucesso e vida longa ao novo e querido Jornal do Brasil.
    PS: como faço para assiná-longa?

  11. Puxa, Hilde, que beleza. Andamos todos carentes de ressurreições. Volta, democracia, volta JB que me ensinou em menina a ler literatura, a gostar de boa informação. Volta que te colho e a todos que o farão, fazendo assim também a mim mais cidadã.

  12. Parabéns Catito por mais um ato grandioso para devolver o brilho aon nosso Rio de Janeiro . Muito orgulho!!!!

  13. Boa Tarde , Hilde !

    Lembro-me das edições lidas por meu Pai( Rauen) em casa, comigo ao seu lado, já que ele era leitor assíduo do Jornal em Finais de Semana. Felicito e a parabenizo por contribuir , ao resgate da melhor tradição do jornalismo investigativo brasileiro , rememorando o passado, refletindo o presente e projetando o país para o futuro !

    Um Abraço e Sucesso nesta nova empreitada .
    Um Abraço ao Amigo Francis

    Luiz Ricardo Ferreira

  14. Que maravilha! Parabéns e sucesso à todos nesse novo ciclo que se inicia! Um brinde à volta dos que nunca se foram!

  15. É com muita alegria que desejo ao Omar Catito o maior sucesso no retorno deste jornal que foi de grande expressão e sera novamente, pois tudo o que bom vai e volta no Universo as energias não se perdem se transformam em energias mais altas e mais evoluídas, Eu estudo física quântica, escrevo livro sobre ela em forma de romances, pinto quadros, faço esculturas e joias para ilustrarem meus livros, então sei que as energias nos faz sermos todos conectados, somos um todo e assim quanto mais noticias boas o Jornal do Brasil editar mais o Jornal espalhar no campo magnético das pessoas que o lerem pois jornal também é energia não so nas noticias mas nas folhas e tudo o que se escreve e posta no jornal. Desejo que sejam noticias ótimas para o Brasil eo Rio de Janeiro voltar a brilhar nos palcos da vida no RIO. Parabens ! Omar, sei que as sus energias em alto grau de noticias de amor e farão sucesso e limpara o Rio de Janeiro com um salto quântico desta atitude tão nobre.

  16. ….” A volta do boêmio”, Nelson Gonçalves. ….Beatles..” go back…go back…go back to where you once belonged “…..e porque não, a “volta dos que não foram” ? Muitos voltaram e foram vitoriosos, como será o tão aguardado e saudoso Jornal do Brasil…Estou tão ansiosa que até parece que fui eu quem comprou o Jornal ! È por tudo que tem feito em benefício do Rio, que o Catito, tem agora que ser o Governador, pra fazer renascer este Estado que foi saqueado e abandonado, mas que continua amado pelo seu povo !!.Vida longa ao JB ! Vida longa ao Catito !! Vida longa à HIlde !!

  17. Vivaaaaa !!!! Parabéns e todos sabemos como o seu talento e competência voltará a enriquecer os nossos dias

  18. Ah, como seria bom que nesta melodia do retorno, Brizola pudesse retornar também. Como faz falta o “velho caudilho”. E junto com o JB, os famosos “tijolaços” de Brizola, que encantavam nossos domingos.

  19. Que ótimo esse retorno. Vida longa ao JB. Jornal é para ser lido em cima da mesa, com caneta para sublinhar o que chamou a atenção, para recortar o artigo e levar para comentar com alguém, guardar um trecho colado em cadernos de memória ou diário, e depois ainda virar flor, embrulho, artesanato e até para esquentar as noites frias dos mais necessitados, debaixo dos colchões. Ah, nada como o jornal em papel!!!

  20. A midia impressa nao morreu..morreram por falta de credibilidade os que estao nos seua ultimos extertores..vamos aguardar o JB com ansiedade!.

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