Intocáveis: vi e gostei

Fui ver um filme francês em cartaz de que gostei muito: Intocáveis. O cenário é a mansão fabulosa de um parisiense bilionário, cercado de todos os luxos possíveis, porém tetraplégico, limitado a mover a cabeça, cuidado por um jovem imigrante africano, morador da área pobre da periferia parisiense, que é sua antítese.

O grande encantamento do filme, que nos faz sair quase querendo dançar, reside no contraste do homem totalmente enclausurado, fisicamente e por seus princípios, por seu academicismo, seus compromissos com a sociedade, o mundo e a família que o cercam, por sua fortuna, sua cultura clássica, versus o homem liberto que é seu cuidador, descompromissado, sem freios, sem padrões impostos, sem dinheiro e, por tudo isso, absolutamente fascinante.

A história é contada sem exageros, sem resvalar para o melodrama barato, sem arrancar lágrimas, ao contrário, nos fazendo rir bastante, com bons atores, excelente trilha sonora e cumprindo ao pé da letra o propósito de prender a atenção da plateia até o último segundo. Recomendo com entusiasmo. Depois me digam.)

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