A imprensa italiana, hoje, mandou chumbo grosso em cima da presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, num artigo deselegante do primeiro ao último parágrafo…
Com o título ofensivo “Uma terrorista no Quirinale”, e uma foto que nada favorece Dilma, a reportagem produzida pelo jornal Libero, e que pode ser lida no site Le Protagoniste, na seção Osservatorio Internazionale, traz um artigo duro, irônico e, mesmo, debochado, ridicularizando o presidente Giorgio Napolitano e o criticando duramente por ter convidado Dilma Rousseff para uma recepção no Palácio Quirinale…
Numa tradução livre, o jornal diz:
“O presidente Giorgio Napolitano não tem qualquer intenção de fazer uma queda de braço com Dilma Rousseff para obter a extradição do terrorista Cesare Battisti”.
E prossegue:
“O presidente Napolitano falou grosso mas já arregou: a presidente Rousseff figura entre os seis chefes de estado não europeus convidados ao Palácio Quirinale para a celebração da Festa da República, no 150º aniversário da unificação da Itália”.
Em seguida, ironiza:
“Quando estávamos fazendo cara feia para o Brasil estávamos apenas provando a máscara para o carnaval do Rio, pois entre a companheira Dilma e o companheiro Giorgio tudo é alegria e beleza”.
Logo depois, critica:
“A motivação oficial do convite é que o Brasil hospeda uma importante comunidade de origem italiana. Mas isso também ocorre com a Austrália, cujo chefe de estado não mereceu convite. É inconcebível o convite a Dilma pois, entre tantos italianos no Brasil, está o ex terrorista do grupo Proletários Armados para o Comunismo, grupo ativo no fim dos anos 70”.
O jornal dá sua versão do fato:
“Battisti foi condenado na Itália a duas prisões perpétuas por haver assassinado quatro pessoas. Preso em junho de 79, ele se evadiu da prisão e se refugiou por anos na França, onde conquistou o coração da “esquerda caviar”, que até hoje luta por ele. Na prisão por pouco tempo na França, com a ajuda de serviços secretos em Paris conseguiu fugir para o Brasil, onde foi de novo preso em 2007″.
E após dizer isso o artigo acusa Lula:
“A Itália pediu sua extradição que de fato foi concedida pelo STF, a corte constitucional brasileira, mas o ex-presidente Lula, com a conivência de seus ministros, decidiu que Battisti não viria”.
Por fim, o duro parágrafo final:
“Poucos dias fazem que Napolitano escreveu para Rousseff, que substituiu Lula no início de 2011, para renovar o pedido da extradição dizendo que a não entrega do criminoso é motivo de decepção para a Itália. A socialista Rousseff, que em seu passado de guerrilheira revolucionária esteve na prisão no início dos anos 70, respondeu a ele que compartilha a decisão de seu antecessor, já que “é um parecer jurídico com base na interpretação soberana que o procurador-geral fez do tratado bilateral de extradição”. Ela também se queixou ao Quirinale de “manifestações injustas em relação ao Brasil, ao meu governo e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
E sabem de uma coisa? A cada dia mais cresce minha admiração pela firmeza com que nossa presidenta conduz os assuntos brasileiros, sem oba-oba nem fazer firula, sempre demonstrando sua lealdade ao presidente que a lançou e a ajudou a se eleger.
Querem ler o artigo diretamente? Acessem o link
http://tinyurl.com/4nh7n2s