Hillary defende direito reprodutivo, mas economia verde nem pensar

Certo, a Rio+20 não é unanimidade. Muitos deixam a cidade insatisfeitos. Movimentos civis fazem barulho. Índios dão flechada. Caras pintadas protestam. Jovens escarram na cara dos velhos que eles estão preocupados é com a própria pele e não com as próximas gerações. O capitalismo sacode o barrigão poupançudo e perdulário em gostosas gargalhadas de quem não tá nem aí. Vik Muniz monta um monumento apoteótico ao plástico aberto a visitas. Batedores sireneiam pela cidade toda. Helicópteros em rasantes espiam dentro de nossas janelas. Exposições, palestras, conferências, jantares…

A cidade ferve em emissões de CO2, com toda essa movimentação de trânsito dos que estão tentando um consenso por um desenvolvimento sustentável…

Hillary Clinton chega por último, para o gran finale, e domina os aplausos e os holofotes, defendendo o direito reprodutivo das mulheres, excluído do documento da Conferência da ONU. Com isso, distrai as atenções dos outros direitos, que, para os EUA, não é conveniente lembrar, como aquele ao equilibrio entre a cadeia de produção e o meio ambiente, o direito a uma exploração consciente dos recursos minerais do mundo, a uma economia verde. Essa discussão, nem pensar

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