Cenas de um casamento sem igual (parte 3)

A mais elegante das noivas, o mais belo dos vestidos

E eis que, ao som de MozartJubilate Deo, levada pelo pai, Aristóteles Drummond, 10 quilos mais magro em seu fraque, entra a noiva Maria Rita na igreja. Indescritível! Leve, lânguida, etérea, à la Grace Kelly. O vestido de corpo de renda justo, deslumbrante, batia em beleza até mesmo aquele da princesa de Mônaco, no qual talvez Guilherme Guimarães tenha se inspirado. E todas as atenções se voltaram para aquele círculo de lacinhos chatos de cetim do vestido, rodeando toda a volta da cintura mínima, frágil, extremamente delicada. Porte de princesa, corpo de modelo, beleza clássica de loura de Hitchcock, a impressão que se tinha era de uma pluma entrando pelo templo e caminhando quase ao vento até o altar. Os brincos pequenos de brilhantes, o coque meio desmanchado – obra de Ricardo de la Rosa – de onde saía um pequeno chumaço de flores de laranjeiras e de onde partia o véu de tule, longo até a altura da bainha da cauda da saia sem qualquer costura, ondulante em suas muitas e muitas camadas de tule, um doce, um confeito digno de uma vitrine da La Durée, a confeitaria mais chique de Paris. Um vestido que despertava imagens mil em minha cabeça e nas de todos. Imagens de beleza, de obras-primas, de arte. Moda é arte, quem duvida? Bravo e muitos fogos de artifício para o talento do costureiro e para a elegância da noiva Maria Rita, única e linda. Olhos de total encantamento, Rodolfo Aranha Barreto viu sua noiva aproximar-se do altar…

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Os noivos, Rodolfo e Maria Rita, com os pais dela, Aristóteles e Teresa

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Na hora do bolo, diante da mesa de doces que foi um show à parte, na recepção no Paço Imperial

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A carruagem do tempo do Império complementava o décor de Antonio Neves da Rocha, na recepção

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