Cauby! Cauby! Minha homenagem em seus 80 anos!

Era pequena, eu o ouvia cantar “Conceição” pelo rádio e também na TV, e ouvia comentarem sobre as “macacas de auditório”, que lotavam o auditório da Rádio Nacional em sua cola, e rasgavam sua roupa inteira. Tinha gente também que dizia que as “macacas” eram contratadas pelo empresário dele e pagas pra darem aqueles ataques. Papo de gente despeitada. Pois a voz maravilhosa que Cauby Peixoto tinha, e ainda tem, justifica qualquer entusiasmo, qualquer excesso de emoção…

E hoje ele faz 80 anos, sem ter perdido a voz, o carisma, o encanto e a fragilidade própria dos artistas encantados, que pairam acima do solo, numa linha tênue e imaginária, no vácuo de algum talento extraordinário…

Corajoso, Cauby passou acima dos comentários sobre sua sexualidade indefinida, ambígua, sexualidade de um anjo. E – ora essa! – assim como anjo não tem costas, sexo também não tem. É superior a essas definições, a esses rótulos e estereótipos que enclausuram os artistas, restringem, diminuem, cortam suas asas (anjo Cauby) e não os deixam voar, divagar, não os deixam ser diferentes. Mas eles são diferentes! São sensíveis, são artistas, são anjos, são caubys!…

E já que Cauby é um cauby, acima de qualquer julgamento, ele também pode construir seu estilo, embalar-se em smokings de lantejoulas, cachear os cabelos, pintar os olhos. É Cauby! Cauby! E um cauby tudo pode…

Aqui está, neste 10 de fevereiro, a minha homenagem modesta, desajeitada até, a esse mito extraordinário. A essa voz poderosa. A esse artista absoluto, o Cauby! E deleitem-se, abaixo, com um breve estudo desta coluna sobre o estilo Cauby Peixoto. Beijos!…

Estilo Cauby Cauby! Cauby! Minha homenagem em seus 80 anos!

Fotos: reprodução

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