Botox nas novelas gera polêmica

Leitores escrevem comentando minhas observações sobre o excesso de botox nas novelas. Uns aplaudem, outros se indignam. Até ofendem com ataques pessoais. Vá saber lá o porquê. Mas vou transcrever abaixo, para leitura de vocês, já que os comentários neste blog são tão escondidinhos, a troca de ideias com um leitor …

Comentário do leitor Thiago:

“Achei o texto de um preconceito incrível…
Considerar um homem menos masculino ou menos “homem” pq ele usa maquiagem é se atrelar a traços tradicionais e engessados da figura masculina.
Hj é gritante a quantidade de homens que utilizam de todos os meios possíveis para permanecer mais bonitos… As mulheres não fazem isso, pq os homens tbm não podem?
Quanto às plastificadas, uma olhada no espelho sempre é bom…
Enfim, é triste que realmente todos possam falar as bobagens que quiserem…”

Minha resposta:

Thiago, há personagens e personagens. Rotula-se o homem que usa maquiagem, sem ser homossexual, de metrossexual, não é isso? Uma novela tem seus tipos bem definidos e devidamente rotulados. De um personagem, em princípio sem esses rótulos, não se espera que esteja maquiadíssimo, só isso. A maquiagem na cena, seja ela teatral, cinematográfica, televisiva, é mais do que usual, é necessária. Mas tem que haver critérios e tem que haver bom senso, para que a vaidade do ator não extrapole o perfil do personagem.

A cirurgia plástica, quando bem realizada, por profissionais de talento, deixa resultados maravilhosos. Mas também pode resultar em defeitos escabrosos. Uma emissora de TV do porte, da importância e com a estrutura da Rede Globo, tem em seu elenco parte de seu grande patrimônio. E uma parte muito importante. Ela deveria, sim, cuidar de assistir seus atores nessas escolhas. Deveria provê-los com os cirurgiões plásticos mais criteriosos, bem como com dermatologistas de bom gosto estético. Para que não víssemos os resultados lamentáveis que temos testemunhado. Assim como deveria, esta empresa, ser atenta ao declínio físico de seus artistas noutros aspectos, como o capilar, por exemplo. Há uma atriz maravilhosa, patrimônio vivo da TV brasileira, que está com pouco cabelo. Em produção recente, eles a fizeram usar umas perucas ridículas, que até comprometeram seu desempenho. Por que não investem num tratamento capilar, no MELHOR TRATAMENTO CAPILAR DO MUNDO (pois bala na agulha pra isso eles têm) em sua ótima atriz veterana, e a mantêm maravilhosa? Não fazem, não é por economia, é porque não páram para pensar sobre isso. Porque não há um departamento, uma pessoa orientada nesse sentido, um “Boni” do século 21, que veja tudo e se preocupe também com esse pequeno detalhe, que não é tão pequeno assim, pois significa o comprometimento de investimentos da empresa, feitos durante décadas, numa pessoa, numa estrela, num elenco.

Com minha crítica, não estou “demolindo”. Pois demolir nunca é um bom princípio para uma crítica legítima. Estou tentando contribuir para construir. No caso, para reconstruir. Pronto falei…

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