Abrindo o Ciclo de Conferências no Pen Clube do Brasil, a antropóloga Maria Beltrão escolheu o tema A Mulher da Pré-História à História. Começou falando do nosso surgimento, há mais de três milhões de anos, ressaltando os australopitecos, considerados os mais próximos do ser humano, segundo a evolução…
Falou dos diferentes gêneros de homo (halibis, erectus, sapiens) e as características de cada um. Fez um “passeio” até o Alto Sertão da Bahia, para falar de Noinha, uma senhorinha vista como figura pré-histórica, que criou os 14 filhos coletando vegetais e caçando à noite. A diferença é que ela caça com facão e não com lança. Hoje, Noinha vive da horticultura e quase não caça mais…
A antropóloga terminou a palestra protestando contra a decisão do Superior Tribunal de Justiça de liberar um homem acusado de ter estuprado três meninas de 12 anos porque elas já se prostituíam. Foi muito aplaudida. “Vira e mexe a mulher é sempre colocada em situação deplorável”, protestou…
Em seguida, Beltrão recebeu para coquetel e contou feliz que o seu livro O Alto Sertão continua um sucesso e recebeu o Prêmio Conde D’Arcos, conferido pela tradicional Academia Portuguesa da História…
Mês que vem, ela embarca para três semanas em Nova York e, em agosto, segue para Paris e depois Jerusalém…
Vasco Marins e Cláudio Moreira
Lucy Barreto e Ana Arruda Callado
Nelson Mello e Souza, Maria Beltrão, Cláudio Aguiar (presidente do Pen Clube do Brasil), Luiza Lobo e Geraldo Holanda Cavalcanti
Cartaz da projeção do gênero homo
Fotos de Sebastião Marinho